segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Pra sempre Cazuza




Uma vez que exagerado fosse um defeito, ao mesmo tempo era perfeito. Aquele mesmo que agitava a todos com “Pense e Dance”, tranqüilizava-os com “Todo amor que houver nessa vida”.

Agitação, inovação, criação e dedicação preenchiam alguém de carne e osso e óculos modelo Ray ban, que tinha como marca registrada uma bandana, alguns vícios e virtudes incomparáveis. E este era o poeta, medieval, que foi derrubado de um penhasco onde o lugar mais seguro durante a viagem até o mar era apenas um papel, uma caneta e alguns goles de conhaque seguidos de vodka e energético, uma fita 4x6 e um rádio gravador.

Deixará então um mundo coberto de fantasias, onde sonhava em passar do medieval para o “cara tão atual”, que nem se quer deixou chance de bis, somente alguns álbuns, registros e escritos. E destes que lembramos sempre, o poeta não morreu, apenas cruzou uma viagem diferente das demais.

Janaína Machado

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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Mais um Final de Ano

Como tudo que começa tem um fim, com os anos não poderia ser diferente. Trezentos e sessenta e cinco dias se foram, com a impressão de um mês. Quem sabe o estresse e a correria da geração X, Y e Z tragam a sensação de menos dias, poucas horas e muito trabalho. Afinal, é sempre assim que julgamos.

Dizem os antigos que conforme a idade vai passando, o tempo corre mais rápido. A correria diária e os compromissos ocupam tanto o nosso tempo que quando paramos para pensar já é Natal. E também paramos porque é feriado. Assim então, nos damos conta de que o ano está terminando e do dia 25 para o dia 31 faltam apenas uma semana para reunir a família, pôr a lentilha no fogo, correr para beira da praia e assistir a um lindo espetáculo de fogos coloridos anunciando a chegada do Ano-novo. As promessas são feitas, as sete ondas são puladas e a champanha estourada. E esta aí. 2011 que venha simplesmente carregado de pura felicidade!

Janaina Machado

Publicado no Diário Popular quinta-feira 30 de dezembro de 2010

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sábado, 27 de novembro de 2010

O que os acidentes de trânsito têm a ver com as classes sociais?

Segundo o jornalista Luís Carlos Prates, em um comentário infeliz, os acidentes de trânsito aumentaram desde que o governo implantou a popularização do automóvel. Atingiu a classe inferior usando a expressão "miserável", deixando claro seu desprezo a todos os pobres que possuem um veículo automotivo, culpando indiretamente o governo.

Por que pessoas menos instruídas financeiramente provocariam mais acidentes no trânsito do que a população da classe superior? Todos sabem que a maioria dos acidentes é originada por imprudência, bebidas alcoólicas e outros fatores. Agora, justificar este aumento colocando em pauta a diferença entre as classes sociais é um tanto ridículo.

Muito pobre a abordagem deste jornalista a respeito dos acidentes de trânsito. Certamente deve ter gerado uma grande decepção entre os telespectadores que o assistiam no momento e a todos que pertencem a essa parte da população que foi desmoralizada em rede nacional.

Janaina Machado

Publicado no Diário Popular, sábado dia 27 de novembro de 2010

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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Malefícios das Redes Sociais

O twitter usado pela metade da população mundial tem livre acesso, sem restrições, e é utilizado para postar manifestações diárias pessoais, divididas entre amigos e colegas que se seguem através da rede social.
Muitas pessoas acabam perdendo o senso do quanto um assunto gerado na internet chega com uma velocidade tremenda aos meios de comunicação de massa.

Os TT’S (Trending Topics of Twitter) servem para demonstrar os assuntos mais polêmicos que circulam na rede do twitter, expondo diversos tipos de postagens, assim como a de uma estudante que foi processada por racismo e discriminação através de uma "manifestação pessoal" publicada este mês na sua página, com a seguinte frase: "Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!".

Possivelmente poderíamos dizer que educação é o que mais falta nesse momento, porém ficaria contraditório se todos soubessem que ela é uma estudante de Direito e saberia o quanto isso lhe prejudicaria. Depois desse esclarecimento, ficará difícil manter uma linha dura sobre as postagens pessoais via internet. Se alguém que cursa uma faculdade de Direito não faz ideia do quanto isso é predatório, o que se dirá de outros míseros estudantes brasileiros? Fica a dica, como costumam dizer os twitteiros: nem tudo que pensamos pode ser transformado em um manifesto!

Janaina Machado

Publicado no Diário Popular, Segunda-feira dia 15 de novembro de 2010

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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Receber o Censo, dever de todos

O Censo IBGE é feito de dez em dez anos para ampliar o conhecimento das situações que ocorrem no país, com intuito de oferecer melhorias a nossa população nas áreas de saúde, educação, habitação, transportes etc.
Infelizmente se não recebermos o Censo serão mais difíceis ainda os planos futuros relacionados a projetos de incentivo ao crescimento econômico e investimentos de modo geral. As perguntas feitas pelos recenseadores são confidenciais, além disso, cada recenseador está identificado com um uniforme, um computador de mão e um crachá onde consta o número da matrícula que pode ser confirmado através de uma ligação gratuita para o número 0800 721 8181, ou seja, não corremos perigo algum ao recebê-los na nossa residência.
O Rio Grande do Sul é o estado mais atrasado em meio a esse questionário de perguntas. Se as atitudes de nós, gaúchos, não mudarem, ficará difícil traçar metas de melhorias para o futuro do Brasil!

Janaina Baptista Machado

Publicado no Diário-Popular terça-feira 5 de outubro de 2010

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domingo, 5 de setembro de 2010

Será possível viver sem escovar os dentes?

O objeto de uso diário que faz parte da nossa rotina no mínimo três vezes ao dia, esta predestinada a ganhar um novo substituto.
A primeira escova dentária foi encontrada em uma tumba egípcia há cerca de cinco mil anos atrás em forma de graveto com pontas desfiadas. No final do século 15 os chineses desenvolveram um designer mais apropriado para consumo, utilizando pêlos de porco amarrados em varinhas de bambu e pedaços de ossos. O modelo semelhante ao que usamos hoje foi confeccionado pelos americanos em 1938, que permite limpar os dentes com suavização e sem machucar as gengivas.
Há 10 anos o pesquisador britânico Paul Warren vice-presidente de assuntos sobre a saúde bucal da P&G, grupo que controla a marca Oral-B descobriu que hipoteticamente seria possível viver sem escovar os dentes. Desenvolvendo pesquisas em pacientes durante dois anos, concluiu que seria poderíamos substituir as escovas dentárias por um enxaguante bocal chamado clorexidina que será capaz de combater as doenças associadas a bactérias, como cáries e gengivite.
O projeto ainda esta sendo avaliado antes de ir para as prateleiras do mercado. Os ingredientes contidos no enxaguente bucal clorexidina podem trazer alguns problemas como manchas nos dentes, além de ter um gosto muito forte.
Em meio a tanta modernidade, você gostaria de abandonar a sua querida escova de dente, e acabar com aquela sensação de tarefa comprida ao terminar uma escovação? Agora cabe a nós esperar se o produto irá ser lançado no mercado ou não, e tomar a decisão se continuaremos usando a nossa jurássica escova de dente ou a trocaremos por um simples enxaguante bocal.

Janaina Baptista Machado

sábado, 4 de setembro de 2010

Anjos do último sopro de vida

O serviço de atendimento móvel de urgência veio para Pelotas em 2005 por iniciativa do governo federal, completando mês passado cinco anos em atividade na nossa cidade que por mérito próprio é o pólo da SAMU na região litoral sul. Todos devem saber que esse tipo de atendimento é um resgate de urgência ou emergência de prontidão que uma vez discado o número 192, a equipe prontamente segue ao encontro do destino chamado. Diminuindo o número de óbitos. Lembrando que esse serviço atende somente pessoas que ainda demonstram sinais vitais, deixando assim o outro trabalho para o IML.
Médicos, auxiliares de enfermagem, socorristas e afins dedicados a assumir essa responsabilidade se doam inteiramente a profissão passando 24h por dia dentro de uma unidade móvel, que toma vários rumos todos os dias com o intuito de salvar o último sopro de vida de um paciente. Agindo como se fossem anjos enviados especialmente para aquele tipo de situação. Sem sequer saber a espécie de pessoa que irá socorrer, ultrapassando qualquer preconceito, sem se importar se você é rico ou pobre entrando em bairros distintos seja ele paupérrimo ou nobre. A rapidez com que é correspondido o atendimento após a chamada é admirável. Esses profissionais demonstram bravura, coragem, determinação e solidariedade. Deixando a imagem de que todos devemos ajudar o próximo, independente da sua formação ou classe social.

Janaina Baptista Machado

Publicado no Diario Popular, domingo dia 5 de setembro de 2010


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