segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Pra sempre Cazuza
Uma vez que exagerado fosse um defeito, ao mesmo tempo era perfeito. Aquele mesmo que agitava a todos com “Pense e Dance”, tranqüilizava-os com “Todo amor que houver nessa vida”.
Agitação, inovação, criação e dedicação preenchiam alguém de carne e osso e óculos modelo Ray ban, que tinha como marca registrada uma bandana, alguns vícios e virtudes incomparáveis. E este era o poeta, medieval, que foi derrubado de um penhasco onde o lugar mais seguro durante a viagem até o mar era apenas um papel, uma caneta e alguns goles de conhaque seguidos de vodka e energético, uma fita 4x6 e um rádio gravador.
Deixará então um mundo coberto de fantasias, onde sonhava em passar do medieval para o “cara tão atual”, que nem se quer deixou chance de bis, somente alguns álbuns, registros e escritos. E destes que lembramos sempre, o poeta não morreu, apenas cruzou uma viagem diferente das demais.
Janaína Machado
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