sábado, 27 de novembro de 2010

O que os acidentes de trânsito têm a ver com as classes sociais?

Segundo o jornalista Luís Carlos Prates, em um comentário infeliz, os acidentes de trânsito aumentaram desde que o governo implantou a popularização do automóvel. Atingiu a classe inferior usando a expressão "miserável", deixando claro seu desprezo a todos os pobres que possuem um veículo automotivo, culpando indiretamente o governo.

Por que pessoas menos instruídas financeiramente provocariam mais acidentes no trânsito do que a população da classe superior? Todos sabem que a maioria dos acidentes é originada por imprudência, bebidas alcoólicas e outros fatores. Agora, justificar este aumento colocando em pauta a diferença entre as classes sociais é um tanto ridículo.

Muito pobre a abordagem deste jornalista a respeito dos acidentes de trânsito. Certamente deve ter gerado uma grande decepção entre os telespectadores que o assistiam no momento e a todos que pertencem a essa parte da população que foi desmoralizada em rede nacional.

Janaina Machado

Publicado no Diário Popular, sábado dia 27 de novembro de 2010

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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Malefícios das Redes Sociais

O twitter usado pela metade da população mundial tem livre acesso, sem restrições, e é utilizado para postar manifestações diárias pessoais, divididas entre amigos e colegas que se seguem através da rede social.
Muitas pessoas acabam perdendo o senso do quanto um assunto gerado na internet chega com uma velocidade tremenda aos meios de comunicação de massa.

Os TT’S (Trending Topics of Twitter) servem para demonstrar os assuntos mais polêmicos que circulam na rede do twitter, expondo diversos tipos de postagens, assim como a de uma estudante que foi processada por racismo e discriminação através de uma "manifestação pessoal" publicada este mês na sua página, com a seguinte frase: "Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!".

Possivelmente poderíamos dizer que educação é o que mais falta nesse momento, porém ficaria contraditório se todos soubessem que ela é uma estudante de Direito e saberia o quanto isso lhe prejudicaria. Depois desse esclarecimento, ficará difícil manter uma linha dura sobre as postagens pessoais via internet. Se alguém que cursa uma faculdade de Direito não faz ideia do quanto isso é predatório, o que se dirá de outros míseros estudantes brasileiros? Fica a dica, como costumam dizer os twitteiros: nem tudo que pensamos pode ser transformado em um manifesto!

Janaina Machado

Publicado no Diário Popular, Segunda-feira dia 15 de novembro de 2010

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